Descarga elétrica provocada por chapinha pode levar à morte; Saiba como fazer o alisamento usando o aparelho com segurança

A manicure Kariny Pires morreu após receber uma descarga
elétrica enquanto usava uma chapinhaReprodução/Facebook


Nos últimos dias, duas tragédias envolvendo os aparelhos de chapinha chamaram a atenção dos brasileiros. Kariny Pires (22) e Cristina Marcolino (30) morreram da mesma forma: em acidentes enquanto usavam o aparelho para alisamento de cabelos.

Um dos casos aconteceu em Goiânia (GO). Kariny Pires era manicure em um salão de beleza e morava com a mãe e a filha de sete anos de idade. Familiares afirmam que a jovem se preparava para ir à casa da irmã, onde passaria a noite de Natal, e tinha acabado de tomar banho. Kariny estava descalça quando pegou o aparelho de chapinha e recebeu uma descarga elétrica fatal.

A jovem só foi encontrada no dia seguinte. A perícia recolheu o aparelho usado pela manicure e informa que a chapinha estava quebrada e sem a proteção do dispositivo que liga o equipamento. Isso aumenta o risco de acidentes, de acordo com a perícia.

Com o fio exposto, todo o aparelho ficou energizado. Ou seja, ao tocar na chapinha, Kariny recebeu uma descarga. Além disso, o choque foi maior porque a manicure estava descalça e com a pele úmida. A causa da morte de Kariny foi uma parada cardíaca.

A técnica do Inmetro Marlene Soares alerta que é necessário que toda chapinha seja certificada. O instituto atesta a qualidade e segurança dos equipamentos.

— Você compra, adquire um produto sem a certificação, você já está correndo um risco. Porque o produto pode estar com problema ou não. Ele pode servir para aquilo que você realmente quer ou não.

Creme e chapinha causam tragédia

Cinco dias antes do falecimento de Kariny, a jovem Cristina também foi vítima da chapinha, em Várzea Paulista, na região da Grande São Paulo. No dia do acidente, Cristina estava calçada com sapatos de salto alto e decidiu fazer um último arranjo no cabelo, antes de ir com o namorado ao shopping.

O namorado, Cesar Lorenti, conta que Cristina estava usando a chapinha no banheiro e que ela foi encontrada caída chão, ainda com vida. A família aponta que, no momento do choque, Cristina estaria passando algum produto no cabelo.

De acordo com o engenheiro elétrico Paulo Cerqueira, a combinação de creme e chapinha pode ser perigosa.

— Se a chapinha tiver algum tipo de falha no isolamento dela, o creme pode facilitar também a passagem de corrente elétrica da chapinha para o usuário da chapinha.

A família conta que a jovem sofria de arritmia cardíaca e que os médicos disseram que o choque, mesmo não sendo tão forte, pode ser apontado como causa da morte.

Saiba mais sobre os casos e como se prevenir de tragédias como essas na reportagem do Domingo Espetacular.



Do R7, com Domingo Espetacular

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