Quando a esmola é demais, o santo desconfia; Pagamento de salários atrasados da Prefeitura de Cajazeiras, ficou só na promessa,



Um jogo de cena, no teatro da política. É assim que a direção do SINFUNC – Sindicato dos Funcionários Municipais de Cajazeiras resume os fatos que culminaram com o desfecho triunfante, quando a prefeita Denise Oliveira encerrou o espetáculo dizendo que quer pagar, mas infelizmente não pode, não deixaram.

Para que o leitor entenda todo o enredo dessa história, a prefeita de Cajazeiras, Denise Oliveira, através de sua assessoria, ocupou todos os espaços na imprensa durante mais de uma semana, para divulgar que a sua gestão iria pagar, de forma parcelada, os dois meses de salários –(novembro e dezembro de 2008), que deixaram de ser pagos na gestão do seu esposo, o ex-prefeito Carlos Antonio e 03 meses, que não foram honrados pelo ex-prefeito Carlos Rafael, em 2012, além de diferenças salariais do piso dos professores e de gratificações retiradas ilegalmente dos funcionários.

Isso seria possível, sem sacrificar as finanças do município, pois o valor das parcelas equivaleria ao valor que a Prefeitura paga atualmente, todos os meses, de um acordo feito pelo SINFUNC, através do advogado Jeová Campos, no inicio do governo de Léo Abreu e que está se encerrando, com a devida quitação.

A informação alegrou todos os funcionários. Mas, como esmola grande o cego desconfia, na quinta-feira pela manhã, quando viajava para João Pessoa, para participar de uma reunião com a prefeita e sua assessoria jurídica, no setor de precatórios do Tribunal de Justiça, o advogado do SINFUNC – João de Deus Quirino Filho, já dizia por telefone, que a diretoria do sindicato tinha sido atraída para uma armadilha, pois se a prefeita puxou para João Pessoa um assunto que deveria ser resolvido na vara da fazenda pública em Cajazeiras, era porque já sabia de antemão o posicionamento da diretoria de precatórios do TJ.

Não deu outra. Na curta reunião, feita a consulta verbal, o diretor de precatórios do TJ orientou pelo não pagamento, seguindo o entendimento do procurador jurídico do município, que dias atrás emitira um parecer recomendando que a prefeita não fechasse o acordo antes das quitações dos precatórios vigentes.

Ora, no caso presente, a ação mais antiga, que trata dos salários atrasados de 2008, ainda está em fase de execução e não foi transformada em precatório, de forma que não se pode falar em quebra da ordem cronológica. No outro caso, da ação que trata dos salários atrasados de 2012, ainda está na fase de conhecimento, portando possível de fazer o acordo, se realmente essa fosse a vontade da gestora.

Mas, como tudo leva a crer, quer parecer que tudo não passou de um jogo de cena, muito bem ensaiado. Mais como diz Luis Carlos, deficiente visual residente em Marizópolis – “O canção só cai na arapuca uma Vez”.

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