Operário atingido por vergalhão recebe alta e volta para a família




O operário Eduardo Leite da Silva Costa, de 24 anos, que teve o crânio atravessado por um vergalhão numa obra, em Botafogo, finalmente recebeu alta nesta quinta-feira. Eduardo, que passou duas semanas internado no Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, afirmou ao telejornal RJTV, da TV Globo, que sua maior vontade é ver os filhos de 4 e 1 ano.

- Estou tranquilo, calmo e bem graças a Deus. Minha maior vontade é ver meus filhos e poder dá um abraço neles. Vou dizer que amo muito eles. Às vezes a gente sai para trabalhar e não tem tempo de dizer: 'filho te amo e esposa, eu te amo'. Quero olhar para eles e poder dizer isso - disse Edurado em entrevista ao telejornal.

O operário afirmou ainda que não percebeu que o vergalhão estava solto, e que tentou se manter calma após o acidente:

- Infelizmente eu fui amarrar o ferro e não me dei conta que o ferro afrouxou e caiu. Mas procurei me manter tranquilo e passar tranquilidade para os colegas que estavam do meu lado também.

Eduardo diz que, no momento, só quer ir para casa descansar. Mesmo com o trauma do acidente, o operário não descarta voltar à profissão.

— Vou descansar agora. Acho que não terei condições de trabalhar tão cedo. Todo profissional gosta do que faz, comigo não é diferente, mas não sei se vou conseguir voltar ao meu trabalho. O INSS é que vai dizer — afirmou.

A mãe de Eduardo, a dona de casa Maria Leite da Conceição, de 56 anos, comemorou a recuperação rápida do filho. Ela chegou cedo ao Hospital Miguel Couto, antes que ele tivesse alta, e se disse muito feliz com o final da internação.

— Só quero levá-lo para casa, para que possa descansar. Quando soube do acidente não passei que fosse nada grave, mas agradeço a Deus que ele está bem — comentou Maria.

A liberação, do operário no entanto, ainda não é total. Eduardo passará por acompanhamento médico e terá que fazer um exame neuropsicológico em alguns meses para confirmar se ele realmente ficou sem sequelas. Na última segunda-feira ele esteve numa clínica particular, em Botafogo, onde passou por avaliação de médicos e psicólogos. Eduardo fez uma ressonância para medir as funções de seu cérebro, além de participar de testes para medir sua capacidade de raciocínio, memória e cálculo.

— É um exame que demora algumas horas. Não é algo comum, mas bem específico. O resultado ainda não saiu, mas, de qualquer forma, ele terá que repetir o exame nos próximos meses — explicou Ruy Monteiro, chefe do serviço de neurocirurgia do Hospital Miguel Couto.

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