Diretora do HRC envia email ao CzAgora, defendendo-se de acusações postadas em sites e diz que irá processar responsáveis. Veja o email na íntegra

Queridos membros da imprensa e demais interessados no assunto,

Estou escrevendo esse e-mail para demonstrar minha tristeza e revolta
sobre acusações caluniosas que estão sendo feitas a meu respeito e, ao
mesmo tempo, deixar os senhores a par de todo o andamento do caso, que
presumo ser de interesse de toda a imprensa. Não entendo o porquê de
alguém inventar histórias ao meu respeito ou de distorcer verdades e
nem se preocupar em saber da história detalhadamente. Talvez eu nunca
venha a saber esse porquê. Mas, infelizmente, tenho que tomar todas as
medidas cabíveis pra proteger meu nome. Eu digo infelizmente porque
ninguém quer passar por todo esse processo complicado e doloroso que é
ter que provar sua própria honestidade em público.
Contratei Assessoria Jurídica particular (não vou me utilizar dos
meios que o Estado me proporciona com Assessoria Jurídica do HRC), e,
portanto, estou arcando com meus próprios custos, já que os sites
ofendem minha pessoa.
Tive agora há pouco uma reunião com minha advogada, que me passou
todos os detalhes do caso.
Essa semana foi emitida uma Liminar de Medida Cautelar, que está
aguardando a intimação de um dos réus, para que o site que originou as
acusações tenha que tirar notícias sobre a minha pessoa do ar.
Estou reunindo todos os documentos comprobatórios de que eu nunca fiz
nada do que foi dito pelos dois indivíduos que se dizem jornalistas,
mas que na verdade não o são e não agem em nome da verdade ou da
informação.
Nesse e-mail em anexo já estão o Diário Oficial da União de nomeação
como Diretora da mesma data em que houve o meu pedido de exoneração da
Prefeitura de São João do Rio do Peixe. Amanhã estarão chegando às
minhas mãos a cópia do Diário Oficial do Município, com a publicação
da minha exoneração e uma Declaração do Secretário da Administração de
São João, Francisco Ulisses Viana Junior, explicando porque meu nome
consta na página do Tribunal de Contas do Estado como médica de São
João do Rio do Peixe. Além disso, estou aguardando da Secretaria de
Saúde de Uiraúna, uma declaração de que eu nunca trabalhei lá por 40
horas e explicando o erro.
Quando um dos sites diz "Drª Emmanuelle soube enganar direitinho os
órgãos fiscalizadores" e o outro diz "Dra Emmanuelle estaria,
portanto, recebendo sem trabalhar uma parte dos serviços que
contratou", eles estão cometendo três tipos diferentes de crime contra
a minha pessoa, a saber: Injúria (Proferir alguma ofensa direcionada a
uma pessoa), Difamação (Divulgar fatos mentirosos sobre alguém a
outras pessoas) e Calúnia (Atribuir um crime a alguém que não o
cometeu).
Ora, os sites dizem claramente que eu fraudei, enganei órgãos
fiscalizatórios e feri a constituição, o que constituem Crimes
Federais. Acusar alguém de um crime federal é algo muito sério. Então
digo aos senhores quais as providências a serem tomadas.

Estamos entrando com duas ações contra dois réus, cada. A primeira
ação é Cível, onde os réus pagam pelos três crimes com o próprio
patrimônio. Como a pessoa acusada e injustiçada é pública e bem
conhecida, o processo é feito na Justiça Comum e não na Justiça
Especial, o que configura uma indenização de até 200 mil reais. Essa
indenização alta é explicada pela Justiça como uma compensação pelo
fato da pessoa falsamente acusada ser pública, exercer cargo de
confiança e poder ter um prejuízo incalculável com divulgações
criminosas como essas.
A segunda ação é Criminal, ou Queixa-crime, onde os réus vão responder
Criminalmente pelos crimes de Injúria, Difamação e Calúnia e vão ser
julgados como qualquer outra pessoa que tenha cometido um crime. A
pena pra esses crimes é de 1 a 3 anos de prisão, mas que podem ser
aumentados porque injuriar, caluniar ou difamar um FUNCIONÁRIO PÚBLICO
e fazer isso em meio que pode propagar a divulgação
(imprensa/internet) são Casos Especiais de Aumento de Pena, o que
aumenta a pena máxima pra 4 anos de prisão.
Outras pessoas que divulguem e reproduzam essas informações não estão
isentas da culpa e entram como réus no processo, mesmo que ele já
esteja em andamento.

Na semana que vem, estarei de posse de todos os documentos e me deixo
à disposição da Imprensa para quaisquer outros esclarecimentos.
Agradeço o carinho e a atenção que muitos me têm dado nesse caso e me
despeço, sem mais para o momento.

Emmanuelle Lira Cariry - Diretora Geral do Hospital Regional de Cajazeiras

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