Polícia prende Márcio Monstro. O mais perigoso bandido do curimataú paraibano

A polícia conseguiu prender na manhã desta sexta-feira (27) Carlos Antônio Claudino, 'Lagartixa", 25 anos e Márcio de Oliveira Gomes, "Márcio Monstro", 32 anos. Ambos residentes em Solânea-PB.As investidas contra a dupla, em especial contra Márcio Monstro, como é conhecido o perigoso bandido, acontecem desde quando o criminosos recebeu o benefício do regime semi-aberto, em Novembro de 2011.
Márcio cumpriu poucos dias o semi-aberto e passou a agir na região com outros comparsas, inclusive com o Lagartixa que, foi preso com ele nesta sexta. Lagatixa foi condenado a 20 anos por latrocínio.
A polícia chegou a dupla após receber informações anônimas que davam conta da presença dos dois criminosos em uma residência na pissarreira, saída de Solânea para Arara, brejo paraibano.

A partir da denúncia o Capitão Neves, comandante da 2ª Cia./4º BPM-PB, juntou sua tropa e cercaram a residência. A dupla tentou fugir efetuando disparos contra os policiais, mas foram presos e conduzidos para a delegacia para ser lavrado o flagrante por porte ilegal de arma e resistência a prisão.

A polícia apreendeu com os acusados um revolver calibre 38, com 20 munições intáctas e três deflagradas e ainda uma moto 125, Honda, azul, placa MXI 4481/RN.
O caso

O casal Pedro Rodrigues de Lira, de 78 anos e Avelina Jerônimodo Nascimento, de 76 anos de idade, foi morto quando era assaltado pelo Márcio Monstro e um outro comparsa. Em depoimento o acusado disse que matou o casal porque o aposentado reagiu. As vítimas foram mortas a golpes de faca peixeira e colocadas uma sobre a outra pelo próprio criminoso.

A crime ocorreu com requintes de crueldade.

Passados todos estes anos, a família ainda não esquece aquela cena. Luiz Gerônimo Rodrigues de Lira, 53 anos, um dos filhos do casal, ainda hoje chora ao lembrar do ocorrido.

Luiz concordou em divulgarmos imagens inéditas do duplo homicídio. As cenas fortes revelam o quanto Márcio Monstro é um homem violento.

Luiz saiu da sala onde conversávamos e instantes depois voltou com uma embalagem. Dentro da embalagem estavam as fotos do dia do homicídio. Ele passou as fotos ainda guardadas e se retirou mais uma vez da sala. Escorado na porta da cozinha, era visível seu choro. “Ainda hoje não consigo ver estas fotos.” Comentou Luiz com a voz trêmula, acompanhada de um choro que parece que nunca vai ter fim. Choramos juntos.

O choro e a dor e da perca só foi contido quando questionei sobre o sentimento que sentia ao saber que, mais uma vez, Márcio Monstro, estava atrás das grades. “Não tenho como agradecer, nem sei o que dizer. Fico muito feliz em saber que aquele monstro, aquele triste, está de novo atrás das grades.” Desabafou.
Folha Do Sertão

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