Drogas : Pesquisa aponta 81% das cidades Paraibanas têm crack

Pelo menos 81% dos municípios da Paraíba têm registros de crack. Foi o que revelou um estudo divulgado, em novembro passado, pelo Observatório do Crack, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A pesquisa mostra que, entre 164 cidades paraibanas pesquisadas, 133 possuíam circulação da droga. Cabedelo, Itabaiana, Pilar, Ingá, Santa Luzia, Patos, Sousa e Itaporanga estão entre os que apresentam alto nível de consumo do entorpecente. Já João Pessoa, Santa Rita, Campina Grande, Soledade, Picuí, Uiraúna e Cajazeiras estão no nível considerado médio.

O que as estatísticas policiais mostram, no entanto, é que as drogas já existem em todos os municípios. Apesar do domínio da droga em cidades de todas as regiões do Estado, não há atendimento especializado para toda a Paraíba. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), existem 71 Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), sendo apenas oito com foco em álcool e drogas, nas cidades de Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, Patos, Piancó, Sapé e Sousa, e somente outros dois com capacidade de internação e atendimento 24h, ambos localizados em João Pessoa.

Destes, só um (situado no bairro da Torre) tem autorização para receber pacientes de todo o Estado. Entretanto, sua capacidade máxima é de apenas 14 leitos, sendo 12 para homens e dois para mulheres. Na Capital, aliás, é onde está o Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, que possui uma ala com 16 leitos para dependentes químicos.

Tássio Ponce de Leon

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