Para fazer curso de tiro na PB é preciso ter bons antecedentes; porte não é garantido

Após o massacre na Escola do Rio de Janeiro, onde 12 crianças foram mortas por um atirador suicida, todos os brasileiros ficaram apreensivos sobre o uso de armas. De acordo com uma matéria publicada pelo Jornal O Estado de S. Paulo, há escolas de tiros que exigem apenas o CPF e RG para que uma pessoa faça o curso de tiros, mesmo que seja uma pessoa menor de idade, e não solicitam sequer a declaração de antecedentes criminais.




Aqui na Paraíba, a equipe do ClickPb procurou o Clube Pessoense de Tiros, que oferece cursos de tiro para profissionais da área de segurança e pessoas comuns. De acordo com o Presidente do Clube, Rogério Rosas, qualquer cidadão pode fazer o curso de tiros, são exigidos documentos pessoais (RG, CPF e Comprovante de residência), além de Declaração de Antecedentes Criminais.



O Presidente do Clube Pessoense de Tiros disse que o curso não garante à pessoa o direito de adquirir uma arma. Segundo Rogério, a procura pelas aulas de tiro é de menos de dez pessoas por mês e são divididos em dois grupos: os profissionais da área de segurança tem um treinamento mais especializado e os cidadãos comuns tem aulas de tiros e conhecimento básico de armas de pequeno porte como o revólver calibre 38 e a pistola 380. O curso tem a duração de oito horas/aula.



Para adquirir uma arma legalmente, Rogério Rosas destacou que é necessário ter porte de arma e “é quase impossível um cidadão comum conseguir o porte de arma”. Para obter a autorização legal, a pessoa tem que procurar a Polícia Federal que vai informar qual a documentação necessária e mesmo após a entrega de laudos do IPC, Polícias Militar e Civil, entre outros documentos, o interessado será submetido à um teste psicotécnico com um psicólogo credenciado pela PF e terá que fazer uma prova teórica sobre o uso de armas de fogo e teste prática de tiros.



Apesar de todas as exigências, a motivação para que um cidadão comum queira portar uma arma é decisivo para a Polícia.

 
 
Ívyna Souto