Assembleia aprova MP que anula atos de Maranhão com voto de Ruy Carneiro

O governador Ricardo Coutinho (PSB) obteve a primeira vitória numa votação na Assembleia Legislativa ao ter aprovada a Medida Provisória 161 que anula todos os atos tomados pelo ex-governador José Maranhão (PMDB) de julho a dezembro de 2010. A medida mais polêmica enviado pelo Executivo foi aprovada por 17 votos favoráveis e 11 contrários. As outras três MPs também foram aprovadas pelo plenário da Casa de Epitácio Pessoa.
Um que fato chamou a atenção na votação foi a postura do deputado Ruy Carneiro do PSDB e muito ligado ao senador Cícero Lucena, que reafirmou sua postura de oposição ao governador Ricardo Coutinho. Ruy votou a favor da MP.

O deputado Ranieri Paulino, líder do PMDB na AL, disse no inicio da sessão que se lista com todos os atos que o governo pretende anular não fosse trazida pela bancada da situação, a oposição não iria apreciar a MP e votar contra.
Já a deputada Francisca Mota (PMDB) avisou que as matérias que ela votou favorável, não iria voltar atrás.

O deputado Ricardo Barbosa (PSB), relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, emitiu parecer favorável a matéria, que foi levada ao plenário. Em seu parecer, ele destacou que já existe, inclusive, uma decisão da Justiça do Paraná em caso semelhante. Segundo o deputado, a Constituição garante que o governador ao tomar posse possa anular alguns atos do governo passado, que por ventura tenham sido tomados de forma a comprometer as finanças do Estado.

Barbosa disse que a lista com os atos não foram enviados a CCJ, mas apresentou documento enviado pelo secretário Gilberto Carneiro afirmando que nenhum ato do governo anterior que tivesse amparado por lei anterior não seria anulado. O parecer foi aprovado por 4 a 3.

Já na discussão em plenário, oposição e situação travaram o primeiro “duelo” do ano de 2011. Os deputados Ranieri Paulino, Gervásio Maia, Guilherme Almeida e Olenka Maranhão, se revezaram na tribuna declarando que aprovar os atos sem ter conhecimento do que se trata, era o mesmo que dá um tiro no escuro ou entregar um cheque em branco ao governador.
Já bancada de apoio ao governo, através de Zenóbio Toscano (PSDB), Romero Rodrigues (PSDB) e Ricardo Barbosa, defenderam o governo alegando que os atos presentes na MP não gozam de legalidade. Eles destacaram também o documento entregue pelo secretário de Administração que garante que as promoções da Polícia Militar, que foram publicadas no cumprimento do prazo legal, serão mantidas.

Marcos Wéric
WSCOM Online

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