Renato Russo, que morreu em 1996, faria 50 anos hoje e segue cultuado

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A necrofilia da arte não pode parar. Ainda mais quando o seu objeto de interesse, mesmo morto, continua sendo um produto muito lucrativo para a indústria. É o caso do cantor Renato Russo. Morto em 11 de outubro de 1996, aos 36 anos, de problemas decorrentes da Aids, o líder da Legião Urbana segue mais vivo do que nunca.


Disco reúne duetos de Renato Russo com artistas variados

Os trabalhos-solo do carioca-brasiliense Renato Manfredini Jr. e da sua banda (todos gravados na EMI), somados, já venderam mais de 14 milhões de cópias. Por mês, vendem entre dez e 15 mil. É, provavelmente, o artista brasileiro morto que mais vende discos.

DUETOS
Por isso, hoje, quando Renato Russo completaria 50 anos, nada mais previsível do que, além de merecidas homenagens na mídia, a indústria fonográfica queira faturar mais um pouco. E vale ressaltar: com o aval dos herdeiros.

Idealizado pelo jornalista Marcelo Fróes, chega às lojas dia 1º, quinta-feira, o CD Renato Russo-Duetos (EMI). Em produção desde 2009, o projeto reúne o cantor e artistas dos mais diferentes gêneros, em encontros póstumos e/ou gravações resgatadas dos acervos dos familiares de Renato e dos convidados.

A primeira música de trabalho do disco de 15 faixas é Like a Lover, dueto com Fernanda Takai. Trata-se de uma versão em inglês de O Cantador, de Dori Caymmi e Nelson Motta, gravada originalmente na década de 60 por Sergio Mendes & Brasil 66.

“Like a Lover era uma sobra das sessões de Equilíbrio Distante (1995), gravada no mesmo dia em que Renato registrou Wave e Como Uma Onda. Como ele adorava o Pato Fu, concluí que Fernanda Takai seria perfeita para a missão”, explica Fróes.

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