Brasil deve registrar novos 490 mil casos de câncer em 2010


Cerca de 490 mil novos casos de câncer deverão ser registrados no Brasil em 2010, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer). O estudo aponta que 52% dos casos da doença irão se desenvolver em mulheres (253 mil) e 48% (236 mil) nos homens.
Segundo o Inca, o tipo mais comum da doença continua sendo o câncer de pele não melanoma (versão menos letal desse tipo de câncer) para ambos os sexos, que deverão somar 113 mil ocorrências.

No caso dos homens, o tipo mais comum de câncer de pele não melanoma será o de próstata, que deve representar cerca de 52.350 casos. Em seguida, vêm os de traqueia, brônquio e pulmão, com 17,8 mil casos (9,7%); estômago, com 13.820 (7,6%); cólon e reto, com 13.310 (7,3%); e boca, com 10.330 (5,7%).

Entre as mulheres, os tipos de câncer mais comuns depois do de pele não melanoma devem ser o de mama, com 49.240 casos (25,6%), colo do útero, com 18.430 (9,6%), cólon e reto, com 14,8 mil (7,7%), traqueia, brônquio e pulmão, com 9.830 (5,1%), e estômago, com 7.680 (4,0%).

De acordo com o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Claudio Noronha, o grande número de casos de câncer no país está associado ao processo de envelhecimento dos brasileiros. “A população brasileira vem envelhecendo de forma acelerada e isso tem grande relação com a ocorrência do câncer não só no Brasil, mas no mundo todo”, afirmou.Segundo o estudo, há padrões diferentes de manifestação de tipos de câncer em regiões do país. O de mama é o tipo de câncer feminino mais comum em todas as regiões, com exceção do norte do país, onde o câncer de colo de útero é mais comum.Entre os homens, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões. No sul, sudeste e centro-oeste, também há registros de câncer de traqueia, brônquio e pulmão. No norte e nordeste, o segundo principal tipo de câncer era o de estômago.

Segundo o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, a rede de assistência pública de saúde tem ampliado sua capacidade de atendimento ao câncer, mas ainda há falhas, como o oferecimento dos procedimentos de radioterapia. “Não é por problemas de recursos financeiros, exclusivamente, é também por capacidade técnica. Quando se fala de um serviço de atendimento de câncer, você está falando de um serviço que demanda profissionais especializados, não só médicos, mas uma equipe multiprofissional”, disse.

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