MPF denuncia empresário por coação a réus colaboradores da Operação Andaime, na PB

Divulgação/ MPF Sousa
O Ministério Público Federal em Sousa, no Sertão da Paraíba, a 438 km de João Pessoa, apresentou denúncia contra o empresário Mário Messias Filho por agir para impedir e embaraçar a investigação em curso sobre organização criminosa. O crime está previsto na Lei n. 12.850/2013 (lei que define a organização criminosa). A denúncia foi apresentada na tarde dessa quarta-feira (16), após a deflagração da 2ª fase da Operação Andaime, que investiga fraudes em licitações de obras e serviços de engenharia de prefeituras da Paraíba. Estima-se que tenham sido desviados R$ 18,3 milhões de verbas federais.


De acordo com o MPF, por quatro vezes, durante o mês de setembro de 2015, Mário Messias, conhecido por “Marinho”, constrangeu o réu colaborador Francisco Justino do Nascimento e a família dele, com o objetivo de impedir o prosseguimento das investigações ainda em curso.

Durante a deflagração da 1ª fase da Operação Andaime, em 26 de junho de 2015, “Marinho” foi preso temporariamente. Ele teve a prisão preventiva decretada e ficou 18 dias encarcerado, sendo colocado em liberdade em 13 de julho de 2015, sob medidas cautelares pessoais de restrições. No entanto, conforme o MPF, “Marinho” não só quebrou as condições cautelares, como retornou, quase imediatamente, às atividades criminosas.

Entenda o caso

A quadrilha, desbaratada em 26 de junho de 2015, durante a 1ª fase ostensiva da Operação Andaime, vinha atuando, há mais de cinco anos, em municípios do Alto Sertão paraibano através de irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial a montagem de procedimentos licitatórios e a venda de notas fiscais. Até o presente momento, as investigações indicam que a organização criminosa vinha atuando, pelo menos, desde 2009, desviando recursos federais através de irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial a montagem de procedimentos licitatórios e a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro através de empresa fantasma.

Fonte: Portal Correio

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