Criação da CPMF é um mal necessário, afirma Ricardo Coutinho


Diante do cenário de arrocho nas contas públicas em todo o país, o governador Ricardo Coutinho (PSB) se diz confortável com as medidas adotadas para que a Paraíba não entre em 2016 no vermelho. Em entrevista exclusiva ao JORNAL DA PARAÍBA, o governador do Estado falou sobre a recriação da CPMF como único caminho para fortalecer o caixa do governo.

- Trata­se de um mal necessário. Gostaria de viver em algum local utópico onde não existissem impostos, mas isso é só utopia. A saúde vai ser do tamanho da sua capacidade de gestão e de financiamento. Caso o governo federal não tenha outras alternativas, faz­se fundamental que se assegure uma fonte de financiamento na saúde porque os estados e, especificamente, a Paraíba tem ficado com um peso muito grande para manter o sistema funcionando.

O socialista, que esteve na última quinta­feira em reunião em Brasília com a presidente Dilma Rousseff (PT), criticou o governo federal por não manter os repasses anteriormente pactuados para conclusão de obras como o Canal Acauã­Araçagi e a Barragem Camará. Também explicou sobre a necessidade de cortes de 30% nas despesas da máquina pública, como forma não apenas de garantir o pagamento do funcionalismo como de manter o andamento de serviços e obras em execução.

- Recentemente, reafirmamos a necessidade de se enxugar ainda mais o custeio da máquina e definimos um plano de redução de, no mínimo, 30% das despesas da máquina pública. Esses resultados já deverão ser medidos até o final do ano para entrarmos em 2016 ainda mais seguros. A folha de pessoal é a nossa prioridade, mas também não queremos parar com serviços e execução de obras. O Estado e um governo não pode se transformar, exclusivamente, em gestor de folha de pessoal.

Ricardo falou ainda sobre seu prognóstico para 2016 e avaliou que “ajustar significa tomar algumas medidas que recoloquem o Brasil na rota de crescimento, gastando menos e melhor, mas preservando o mínimo de capacidade de investimento e geração de emprego e renda. É isso que esperamos e por isso que vamos lutar”. O governador lembrou que já vinha aplicando algumas “vacinas” para manter o ritmo mínimo de investimentos na Paraíba.

- Desde o primeiro ano do governo, trabalhamos para conter o crescimento vertiginoso da folha, apesar da
convocação de aprovados em concursos públicos, reajuste do salário mínimo, implantação da data base do servidor e, naturalmente, a ampliação dos serviços, bem como temos reduzido gastos e priorizado os investimentos.



Com Jornal da Paraíba

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