Mais de 10 mil pessoas perderam o emprego na Paraíba


O mês passado apresentou um saldo positivo de 1,1 mil empregos (diferença entre admissões e demissões), um crescimento de 0,29% diante de agosto, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na Paraíba. Ainda assim, foi o pior setembro da série histórica, iniciada em 2003.

Mesmo com um pequeno crescimento, nos nove primeiros meses do ano, foram perdidos 10.210 postos de trabalho, um decréscimo de 2,41% em relação a 2014.

No Brasil, foram cortados 1,2 milhão de postos formais nos últimos 12 meses até setembro. Considerando apenas o mês passado, foram extintos 95,6 mil postos.

Em setembro, o segmento da indústria da transformação foi a que mais empregou, enquanto o comércio foi o que mais demitiu no Estado. Nos últimos 12 meses, incluindo outubro, novembro e dezembro do ano passado, a queda na quantidade de empregos foi menor, de 7.237 (-1,72%), em relação ao mesmo período de 2013/2014.

Crise não poupou nem o Papai Noel

A piora no mercado de trabalho não poupou nem o Papai Noel. A procura do comércio pelos profissionais que personificam o bom velhinho caminha a passos lentos. De acordo com o diretor da Escola de Papai Noel do Brasil, com sede no Rio, Limachem Cherem, lojistas têm sinalizado não ter condições de pagar mais do que no ano passado pelos cerca de 40 dias de trabalho e têm adiado a contratação para barganhar lá na frente: “Quanto mais perto da data o comércio deixar para contratar, maior é a possibilidade de encontrarem um Papai Noel que, para não ficar sem trabalho, vai aceitar o que for oferecido”.

Para piorar o cenário, a escola recebeu o dobro de candidatos ao curso preparatório – cerca de 200 -, se comparado à média dos anos anteriores. Sem emprego desde junho de 2014, quando a empresa na qual trabalhava o dispensou, o técnico em estrutura naval Rodrigo Martin, 60 anos, viu no curso uma chance de ganhar um extra. Deixou até a barba crescer. “ A gente já tem bastante idade e se vê sem perspectiva, com o Brasil do jeito que está. É difícil. Estou torcendo para arrumar um contrato”.



Com Jornal Correio

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