Oito descobertas da ciência que vão mudar sua forma de dormir

A hora de dormir é “sagrada” para o ser humano. Vivendo de forma tão intensa e agitada, muitas vezes é nesse momento que realmente paramos tudo e descansamos. Com isso, nada mais natural que o processo do sono seja exaustivamente estudado pela ciência. Para você se informar sobre as últimas pesquisas, o Diario preparou uma lista com as descobertas mais recentes sobre a hora de dormir. 

Confira:


Há seculos atrás, o mais comum era segmentar seu sono em duas partes. Foto: Pixabay/Reprodução

1- “Regra” das oito horas de sono pode ser um mito
Pesquisas apontam que o o processo biológico natural do sono prevê uma segmentação em duas partes, mas o padrão foi aos poucos sendo alterado. Há séculos atrás, o mais comum seria um primeiro período de sono que começava cerca de duas horas depois do anoitecer, seguido de um intervalo em que o indivíduo ficava acordado por uma ou duas horas e então um segundo período de sono. A mudança é atribuída à transformação da noite em um período de atividade normal, fazendo com que o tempo de descanso diminuísse.Um bebê pode dormir por até 15 ou 16 horas, enquanto um idoso pode não precisar de mais do que seis horas de sono.




Caminhar na praia pode relaxar o ser humano e facilitar o sono. Foto: Jonny Green/Flickr/Reprodução

2- Um passeio na praia pode melhorar o sono

Além dos seus já conhecidos benefícios, uma caminhada à beira-mar pode resultar em quase uma hora extra de sono. É o que aponta um estudo realizado no Reino Unido. Cerca de 100 pessoas com idade entre 21 e 82 anos participaram. Para os pesquisadores, um passeio na praia provoca mais pensamentos da família e da infância, deixando o indivíduo mais relaxado e melhorando seu sono.

3- A apneia do sono pode estar ligada à depressão

Segundo uma pesquisa da Universidade da Austrália Ocidental, a apneia do sono (distúrbio em que as vias aéreas são obstruídas, atrapalhando a respiração enquanto se está dormindo) pode estar associada à depressão. Após o tratamento da apneia, foi observado em 96% dos participantes da pesquisa uma redução nos sintomas depressivos.



Posição é mais escolhida pelos seres humanos na hora de dormir. Foto: Wikipedia/Reprodução

4- Dormir de lado pode ser o melhor para o cérebro

Um estudo realizado por universidades norte-americanas apontou que dormir de lado pode ser a melhor escolha na hora do sono. Segundo os pesquisadores, a posição é a mais eficiente para eliminar substâncias químicas que podem causar doenças neurológicas como mal de Alzheimer ou mal de Parkinson. A pesquisa foi realizada em ratos, e os roedores foram observados enquanto dormiam de lado, de barriga para cima ou para baixo. A análise revelou que o sistema glinfático, responsável por descartar os resíduos químicos, trabalhou muito melhor na posição virada para o lado.

5- As moscas-da-fruta podem ser a chave para combater a insônia
De acordo com neurobiólogos da Escola Médica de Harvard, nos Estados Unidos, a Drosophila melanogasterse comporta de forma muito semelhante ao homem na hora de dormir. Ambos dormem à noite, a cafeína pode mantê-las acordadas e também podem sofrer de insônia. Através do estudo dos genes da mosca, os pesquisadores esperam criar uma série de pílulas para combater os variados tipos de insônia no ser humano.




Bebida não deve ser ingerida na hora de dormir. Foto: Guillermo Legaria/AFP/Arquivos

6- Beber café à noite atrasa o sono em até 40 minutos

Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine comprovou o que muita gente já sabia: beber café à noite não faz bem para o sono. Ingerir a bebida atrasa a produção do hormônio melatonina em até 40 minutos. Tomar um café antes de adormecer pode ser o equivalente a ser exposto à três horas de luz forte na hora de dormir.

7- A concentração dos neurônios determina o tempo do sono
Uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro acredita que o aumento do número de neurônios, por meio de uma menor taxa de acúmulo de substâncias que induzem o ser humano a dormir, causam uma diminuição no tempo do sono. Os pesquisadores analisaram dados sobre o cérebro de 24 espécies diferentes de mamíferos, desde primatas (incluindo vários macacos e o ser humano) até roedores e até girafas e elefantes. A conclusão é de que, em geral, os bichos maiores e de cérebro mais avantajado eram os que dormiam menos.



Luz dos dispositivos atrasa o relógio biológico do ser humano. Foto: Alexander Rentsch/Flickr/Reprodução

8- Usar celular é pior do que tomar café antes de dormir

O mesmo estudo afirmou que utilizar o celular antes de dormir pode causar efeitos piores do que o consumo de um café expresso. Enquanto o atraso do sono de quem inferiu cafeína ficou em cerca de 40 minutos, as pessoas que ficaram expostas à luz gerada pelos aparelhos demoraram 85 minutos para dormir. Quando a combinação dos dois foi feita, o tempo para se cair no sono chegou a 105 minutos. A luz produzida pelos dispositivos faz com que a melatonina (substância responsável por “avisar” que é hora de dormir) seja produzida em menor quantidade.

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