HRC intensifica realização de cirurgias eletivas

No último dia 2 de março, o Hospital Regional de Cajazeiras voltou a realizar com regularidade as suas cirurgias eletivas que haviam sido canceladas em janeiro para atualização do quadro de marcação das mesmas.

As cirurgias haviam sido suspensas para que pudessem ser organizadas por município e marcadas por ordem de prioridade. Essa medida foi necessária para acabar com o problema de marcação de cirurgia por amizade ou por interesses políticos, prática identificada nas gestões passadas, sobretudo em períodos de eleição.

As cirurgias eletivas deveriam ter voltado em fevereiro, porém os municípios passaram do prazo de entrega das listas com os nomes dos pacientes (31 de janeiro). Como houve esse atraso, a data de recomeço ficou para o dia 2 de março.

Desde então elas estão sendo realizadas todos os dias, apesar de alguns obstáculos enfrentados pela coordenação de marcação. Um desses obstáculos é a falta de dados enviados pelos munícípios. Os dados dos pacientes devem ser enviados pelas secretarias municipais de saúde, porém algumas listas não contêm nem número de telefone para contato, nem endereço. Diante disso, a coordenação de marcação de cirurgias está procurando entrar em contato com as secretarias para que estas localizem as pessoas e as enviem ao hospital.

Outro problema diz respeito à pactuação dos municípios. Os 15 municípios atendidos pelo HRC fizeram pactuação para pagamento de apenas alguns tipos de cirurgias (como cirurgia geral, urológica, ginecológica, otorrinolaringológica). Porém, eles estão marcando também cirurgias de outros tipos, que não estão incluídas na pactuação (é o caso de cirurgia de catarata, plástica, vascular e até redução de estômago). Os nomes das pessoas são enviados ao Hospital, mas essas cirurgias não podem ser feitas, já que os prefeitos não pactuaram os pagamentos. Algumas dessas cirurgias só poderão ser realizadas se os prefeitos as pactuarem.

Indicação de cirurgia

Segundo a coordenação de marcação, muitas pessoas procuram o HRC para marcarem cirurgias eletivas sem ao menos terem feito exames de avaliação. Em alguns casos sequer há indicação real de cirurgia, apenas o paciente acha, por conta própria, que a cirurgia é necessária e põe seu nome na lista.

Dados insuficientes

Outro problema, já citado, é a falta de dados repassados pelos municípios que marcam as cirurgias. Há casos em que a lista contém apenas o nome da doença, mas não o nome da cirurgia a que o paciente deverá ser submetido. Para se ter uma idéia, já foram identificadas listas contendo apenas informações do tipo: “rins”, ou seja, a indicação de que o problema é nos rins, mas sem explicar que doença ou que cirurgia deve ser feita.

Para minimizar esse problema, o diretor clínico Dr. Francisco Alírio está convocando essas pessoas para realização de avaliações médicas. Os pacientes levam seus exames e as cirurgias são marcadas após aprovação do médico. Quando o paciente está há muito tempo sem fazer exame, ele é encaminhado para uma nova avaliação, e assim saberá se ainda há indicação de cirurgia ou não.

HRC A TODO VAPOR

Para realizar todas as cirurgias eletivas e regularizar o seu quadro, o Hospital Regional de Cajazeiras reservou salas e material para 5 cirurgias eletivas por dia. Não há como realizar um número maior porque o bloco cirúrgico ainda é pequeno (já existe um projeto de reforma em médio prazo) e também porque há poucos anestesistas disponíveis na região; geralmente há apenas um anestesista de plantão para as eletivas e para as urgências. Apesar disso, há dias em que o Hospital consegue dois profissionais, sendo um especialmente para as cirurgias eletivas.

Somente Dr. Alírio realiza 10 avaliações médicas por semana na área de cirurgia geral e ginecologia. Mas os outros médicos (urologia e otorrino, por exemplo) também realizam avaliações.
 
Da Assessoria de Comunicação do HRC

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