Número de explosões a bancos na PB já supera 79% do total de 2014


A Paraíba já registrou 42 explosões a instituições bancárias no primeiro semestre deste ano. Esse número é 79,24% maior do que o número de casos registrados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado durante todo o ano de 2014, em que foram contabilizadas 53 ocorrências. Segundo o secretário de Segurança da Paraíba, Cláudio Lima, o crime se tornou comum em todo o país e só uma ação conjunta de todos os entes da federação pode reverter a situação.

"Explosão a banco não é um problema da Paraíba, é uma preocupação nacional e não há uma solução rápida para o problema, tendo em vista que começa pela falha na legislação brasileira que considera o crime como furto qualificado", destacou Cláudio Lima, lembrando que no caso de prisão por furto, o indivíduo não permanece preso por muito tempo.

Além disso, acrescentou o secretário de Segurança, soma-se o fato da utilização de dinamite e explosivos não ser considerada ato terrorista como em muitos países da Europa também contribuem para o crescimento do número de ataques a caixas eletrônicos. "A gente verifica que no Brasil, como num todo, num é um grupo que explode instituições financeiras. Virou um negócio comum e os bancos não investem em segurança", avaliou Cláudio Lima, destacando que apenas o estado está preocupado com o problema, além da sociedade, que tem medo, principalmente as que moram em cidades do interior.

Segundo Cláudio Lima, aconteceram importantes prisões no Brasil e na Paraíba nas últimas semanas relacionadas a casos de explosões a agências bancárias na região Nordeste, como as feitas nos estados do Maranhão, Piauí, Mato Grosso. "Aqui na Paraíba foi preso o cara mais procurado do país por distribuir dinamite: Seu Chico ou Nogueira", citou o secretário de Segurança, lembrando que o trabalho foi efetuado pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), sob o comando do delegado Allan Terruel.

Outro fato apresentado pelo secretário paraibano, foi a apreensão de uma grande carga de dinamite nas estradas do estado pela Polícia Rodoviária e Polícia Federal, que não foi divulgada para não criar especulação entre os bandidos. Ele lembrou que o controle da venda explosivos é de reponsabilidade do Governo Federal, por meio do Exército. "É bom lembrar que estamos numa área do Nordeste em que a atividade mineradora é muito grande e não vou nem dizer a quantidade de dinamite e explosivo que trafegam por nossas estradas, porque é uma quantidade absurda", observou Cláudio Lima, durante entrevista a Rádio Arapuan, nesta sexta-feira (31).

Por tudo isso, destacou Cláudio Lima, no último Fórum dos Governadores, a Carta de Teresina sugere que seja criado o Ministério da Segurança para tratar, principalmente do controle da fabricação, comercialização e utilização de explosivos, além de combater o aumento da criminalidade que tem atingido todo o país.



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