PF faz segunda etapa de operação que investiga desvio para campanha do PT

Foto: Guga Matos/ JC Imagem

Folhapress – A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (25) a segunda fase da Operação Acrônimo e executa mandados de busca e apreensão em Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio. Não houve prisões até o momento.

A PF fez busca e apreensão na agência de comunicação Pepper, que presta serviços ao PT e já fez campanhas do partido na área de internet. Atuou, inclusive, para a campanha de Dilma Rousseff em 2010.

A operação prendeu, há algumas semanas, Benedito Rodrigues, o Bené, empresário próximo ao governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). Bené foi solto logo em seguida.

A investigação sobre a atuação de Bené teve início em 2014, quando a PF apreendeu, a partir de uma denúncia anônima, mais de R$ 100 mil em uma aeronave onde viajava o empresário e outras pessoas. A aeronave foi apreendida depois de decolar de Belo Horizonte e pousar em Brasília. O caso ocorreu durante a campanha campanha eleitoral.

Bené é dono de empresas do setor gráfico e já firmou mais de R$ 500 milhões em contratos com órgãos federais entre 2005 e 2015, em especial os ministérios da Saúde, das Cidades e do Combate à Fome. Segundo a PF, há uma “confusão patrimonial” e indícios de lavagem de dinheiro com o uso de “laranjas”.

A PF também afirma ter encontrado documentos que trazem indícios de que Bené teria atuado no caixa dois da campanha do governador Fernando Pimentel, de Minas Gerais. Uma tabela impressa em duas páginas traz a inscrição “Campanha Pimentel”, segundo a PF.

As empresas vinculadas a Bené trabalharam na campanha de Pimentel, tendo sido remuneradas em R$ 3,2 milhões por meio do comitê financeiro estadual do PT.

PIMENTEL

Na semana passada, a PF solicitou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) abertura de inquérito sobre o governador de Minas por suposto crime de “lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores”. A investigação faz parte dos desdobramentos da Operação Acrônimo. O tribunal ainda não se manifestou sobre se aceita ou não a abertura de inquérito.

Ainda não se sabe o que motivou a busca na sede da Pepper em Brasília. A empresa executa a comunicação do PT nas redes sociais e é responsável pela página não oficial de Dilma Rousseff no Facebook.

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