MP conclui que Portuguesa recebeu dinheiro para cair

Investigação aponta que funcionários e
 dirigentes sabiam que meia estava suspenso


Dirigentes e funcionários da Portuguesa receberam dinheiro para que o meia Héverton fosse escalado de forma irregular na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, contra o Grêmio, gerando perda de pontos para o clube e o consequente rebaixamento à Série B. É essa a conclusão de um inquérito do Ministério Público de São Paulo, que agora busca saber exatamente quem pagou e quem recebeu. As investigações seguem em andamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, o MP não tem dúvidas de que dirigentes e funcionários dos departamentos jurídico e de futebol da Lusa sabiam da suspensão de Héverton. Há pelo menos três provas que sustentam essa conclusão, via e-mails e contatos telefônicos.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) quebrou o sigilo bancário de funcionários da Portuguesa para descobrir a movimentação financeira que caracterizasse a fraude. A expectativa é que, a partir daí, descubra-se a fonte pagadora, ou seja, o clube que subornou a Portuguesa para que Héverton fosse escalado de maneira irregular.

Na última segunda-feira, o então técnico da Lusa na época, Guto Ferreira, disse que tinha “ideias do que pode ter acontecido”, mas, por não possuir provas, não tem como “ficar falando”. Vale lembrar que, em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, do portal Yahoo, no último dia 29, o atual presidente da Lusa, Ilídio Lico, afirmou que a participação do atleta, de forma irregular, teria sido “premeditada”.

Por isso, já havia uma investigação interna na Portuguesa para apurar as responsabilidades sobre a escalação irregular de Héverton. As investigações apontam para o ex-presidente Manuel da Conceição Ferreira, o Manuel da Lupa.

– Ao que tudo indica, o resultado mostrará um erro administrativo e vamos responsabilizá-lo civil e criminalmente. Um processo de no mínimo R$ 30 milhões – afirma o presidente do Conselho, Marco Antonio Teixeira.

O ex-mandatário é alvo também de um processo que avalia a sua expulsão do quadro de sócios da Portuguesa. Da Lupa, porém, conseguiu uma liminar na Justiça que evita que o assunto entre na pauta do órgão – sob pena de multa de R$ 50 mil.

Fonte: Globoesporte.com

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