TRE pode intervir e coibir ‘propaganda eleitoral’ em igrejas feitas por pastores e padres

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pode proibir que padres e pastores ‘vendam’ os candidatos das eleições deste ano. O costume tem sido cada vez comum, principalmente pelo numero maior de candidatos evangélicos.

O procurador eleitoral, Rodolfo Alves, afirmou que essa tem sido uma das preocupações do Ministério Público. “Nossa principal preocupação é que exista uma vedação à propaganda e a atos eleitorais em recintos públicos, como centros comerciais. Imagino que a igreja, embora seja um ente privado, as pessoas que estão lá buscam o lugar com outras motivações que não eleitorais”, lembra.

No entender do procurador, causa preocupação o uso e até mesmo a condução de algumas autoridades eclesiásticas em relação a este ou aquele candidato e alerta que a instituição não tem autorização para esse fim. “A propaganda política eleitoral é proibida nesse ambiente, caso haja configuração da propaganda a justiça deve tomar providencias”, frisou.

O pastor da Primeira Igreja Batista, Estevam Fernandes, também se mostrou receoso em relação ao tema. Contudo, Estevam argumenta que os candidatos têm recorrido às igrejas por três motivos:

“Cada eleição aumenta o número de candidatos evangélicos a deputado estadual e federal, este é o primeiro motivo. Segundo é porque a quanto maior a igreja, maior apoio evangélico que o candidato pode ter. O terceiro motivo é o que eu chamo de excesso de piedade dos candidatos, que só é demonstrado durante a campanha”, argumenta o pastor.

Segundo Estevam, assim como existe o político sem ética, também pode haver o líder religioso sem ética. “Eu digo para que eles não troquem voto por tijolo, por emprego. A função do pastor é gerar consciência e não vender as ovelhas ou consciência delas, quanto negociam favores eles se tornam tão corruptos quanto os corruptores”, finaliza.

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