Diretor, vice e agentes penitenciários são afastados por tortura no sertão da Paraíba

Justiça determinou afastamento na Colônia
Penal Agrícola de Sousa.


O diretor e vice-diretor da Colônia Penal Agrícola de Sousa, no Sertão paraibano, e mais sete agentes penitenciários foram afastados dos cargos por determinação da justiça nesta sexta-feira (14). O juiz José Normando Fernandes, da Vara de Execuções Penais, resolveu acolher denúncia do Ministério Público por tortura e abuso de autoridade dos servidores públicos.


O G1 entrou em contato com o secretário de Administração Penitenciária (Seap), Wallber Virgolino, e o gerente executivo do sistema penitenciário, coronel Arnaldo Sobrinho, mas as ligações para os respectivos celulares não foram atendidas.


"Em outras circunstâncias, quando detentos cometiam algum delito, eles colocavam o preso dentro de uma viatura fechada, nesse sol causticante de Sousa, depois levavam à delegacia para fazer inquérito, ao hospital para fazer exame de corpo de delito, na volta eram agredidos e colocados no isolado", destacou."Quando os apenados pediam tratamento médico ou odontológico, eram retirados de suas celas, encaminhados para o quarto chamado por eles de 'quartinho da tortura', eram agredidos e depois colocados no isolado", explicou o promotor Manoel Pereira.


Segundo o promotor Manoel Pereira, além da tortura, os agentes também cometiam maus tratos contra animais que ficavam na unidade prisional, praticando 'tiro ao alvo' contra os bichos. "Pedimos o afastamento das funções e recolhimento da arma por crimes de tortura, formação de quadrilha, prevaricação e maus tratos contra animais. Havia gatos e cachorros no presídio e alguns agentes usavam animais como mira ou alvo, usando balas de borracha e espingarda de chumbo", afirmou o representante do Ministério Público de Sousa.


Fonte: G1

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