Paraíba; 'Manzuá' pode ser retomada



Alberi Pontes


As cidades de Patos, Catolé do Rocha e Cajazeiras, no Sertão paraibano, além de Monteiro, no Cariri, são focos estratégicos da operação 'Divisa Segura', que integra os nove Estados do Nordeste. Na manhã de ontem, representantes da segurança pública de todos os Estados se reuniram em João Pessoa para programar o calendário integrado deste ano, com ações focadas principalmente na prevenção da comercialização de explosivos.

“No Estado, nós temos algumas épocas mais vulneráveis, e as ações são focadas em algumas cidades, a exemplo de Patos, onde a distância entre o Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte é muito pequena. Além disso, a facilidade de circulação na Paraíba é muito grande, porque o governo tem investido em estradas, e a polícia precisa acompanhar essa evolução”, destacou o secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima.

Para reforçar a segurança nos acessos à Paraíba, o secretário Cláudio Lima estuda a possibilidade de retomar a operação 'Manzuá', extinta durante 2011. Ainda não há previsão para que a operação seja retomada, entretanto já existem projetos prontos e estudos concluídos em relação à instalação.

“Eu queria retomar a 'Manzuá', mas com uma configuração diferenciada, com tecnologia, a exemplo de câmeras. Enfrentamos a dificuldade de efetivo, mas não está descartada a possibilidade de nós voltarmos, para isso, precisamos de mais efetivo e investir em tecnologia”, revelou Cláudio Lima.

A integração entre as polícias do Nordeste resultou em uma operação integrada realizada ontem para prisão de homicidas.

“Estamos desencadeando um nova operação integrada entre o efetivo de Cabrobó (Pernambuco) e a polícia paraibana. Isso desestimula a prática de crimes, auxilia no cumprimento de mandados de prisão e reduz os índices de criminalidade”, frisou o diretor de Policiamento do Sertão de Pernambuco, coronel Carlos Pereira.

De acordo com o secretário Cláudio Lima, a operação tem caráter preventivo e possibilita a troca de informações entre as forças de segurança de todo o Nordeste e, consequentemente, a realização de operações mensais conjuntas. “Nós temos feito importantes prisões e apreensões, como um carregamento de explosivos. Essa é uma operação que busca prevenir que criminosos circulem de um estado para outro. Não vai evitar 100%, mas já tem causado resultados significativos”, frisou Cláudio Lima.

FOCO SERÁ AGÊNCIAS BANCÁRIAS

A grande preocupação da operação 'Divisa Segura' tem sido os crimes praticados contra o sistema financeiro. “O Nordeste hoje é uma vitrine. Com a realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo, nossa preocupação fica ainda maior. Essa tem que ser uma política continuada”, concluiu o secretário Cláudio Lima.

Já o coordenador da operação 'Divisa Segura' e subsecretário de Segurança do Rio Grande do Norte, Airton Ferraz, destacou a troca de inteligência entre os estados que tem ocasionado várias prisões, a exemplo da detenção de um dos maiores assaltantes de banco do país, identificado por Paulo Donizete. Prisão feita no Rio Grande do Norte com base em informações oriundas da Bahia.

EXÉRCITO
Mesmo sem atuação direta na operação, o Exército tem apoiado as operações realizadas pelas forças de segurança, com o compartilhamento de informações que possam auxiliar a restrição da comercialização ilegal de explosivos nos Estados do Nordeste.




Michelle Scarione
JP Online

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